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A violência contra negros e negras no Brasil

Uma das expressões mais cruéis do racismo nosso de cada dia se manifesta nos números da violência. 75% das vítimas da violenta letal no Brasil são negras. Jovens negros morrem mais do que jovens brancos; policiais negros, embora constituam 37% do efetivo das polícias são 51,7% dos policiais assassinados; mulheres negras morrem mais assassinadas e sofrem mais assédio do que as brancas. Os dados aqui compilados nos alertam, mais uma vez, para a relação entre violência e racismo.

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Jovens e Policiais: um diálogo possível?

O Documentário “Jovens e Policiais: um diálogo possível?” apresenta fragmentos do debate organizado e mediado pelas professoras Haydée Caruso, Silvia Ramos e Yuri de Moraes, ocorrido no 10º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e realizado na Universidade de Brasília, em 2016. O objetivo foi promover uma roda de conversa entre jovens e policiais, como parte dos esforços do FBSP em ampliar o necessário e crucial diálogo entre as instituições policias com a sociedade civil. Os jovens e policiais presentes falaram sobre suas experiências de vida, compartilharam angústias, violência, desafios, abusos e preconceitos que marcam suas interações no quotidiano. As narrativas explicitam a necessidade de escutarmos – uns aos outros – como um primeiro passo na busca de construir diálogos possíveis entre jovens e policiais para uma sociedade mais livre e justa para todas e todos.

Retrato da violência contra negros e negras no Brasil

Ao longo de 2017, o FBSP divulgou uma grande quantidade de evidências sobre o drama da violência no Brasil e alertou para o fato de que esta violência é racialmente concentrada e que as negras e os negros são suas principais vítimas.
Para marcar o dia da consciência negra em 2017, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública compilou e divulgou de forma conjunta as informações que dão alguma dimensão dessa triste realidade.

A questão étnico-racial do sonho americano: o encarceramento dos pobres e negros no Estado policial

Mesmo após a intensa luta pelos direitos humanos, a evolução da concepção de Estado e consagração do Estado Social, a discriminação étnico-racial persiste enraizada na cultura e nas políticas de controle social do Ocidente. Distorcendo o monopólio estatal da força, com interesses elitizados e capitalistas, os governantes propõem meios de combate ao pobre (e não à pobreza) para viabilizar a “qualidade de vida”. Neste contexto, o Estado policial é robustecido, com investimentos públicos e privados retirados das políticas sociais, impondo o workfare e o encarceramento de massa. Este modelo, concebido e implantado nos Estados Unidos, influencia e espraia-se mundialmente.

RBSP, v. 11, n. 1, Fev/Mar 2017