Nota 10 Segurança Pública – Episódio 2 – Quem é o policial brasileiro?

O segundo episódio da Série Nota 10 Segurança Pública trata do policial brasileiro.

Nesse episódio surgem questões relacionadas ao perfil do policial brasileiro, como funciona a polícia, o sistema de Justiça Criminal e a divisão entre policiais civil e militar. O programa identifica o lugar que o policial, um trabalhador como qualquer outro ocupa nessa engrenagem e acompanha o dia-a-dia de policiais civis e militares para mostrar que, sob a farda ou atrás do balcão da delegacia há trabalhadores como nós.

A série Nota 10 Segurança Pública apresentará um painel dos principais temas debatidos hoje no campo da segurança pública: a relação entre civis e policiais, a identidade das nossas polícias, o trabalho realizado por elas, sua eficiência, o protagonismo da juventude nas questões relacionadas à violência, a participação cidadã. Num passeio por esses assuntos, conheceremos experiências bem sucedidas de combate a violência e ouviremos todas as vozes interessadas na produção de políticas de segurança pública.

Vitimização policial: análise das mortes violentas sofridas por integrantes da Polícia Militar do Estado de São Paulo (2013-2014)

A morte de policiais constitui um capítulo à parte entre as mortes ocorridas no Brasil. Isso em razão de sua especificidade, haja vista as condicionantes bastante próprias, quando comparadas à população em geral, que os tornam vítimas em números muitas vezes superiores a outros grupos sociais, e por atingir um grupo particularmente ligado às ações para a promoção de melhores condições de enfrentamento ao crime e à violência junto à sociedade. Com essa preocupação, o presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre casos de integrantes da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) que morreram por causa violenta, no Estado de São Paulo, em 2013 e 2014. Tendo como inspiração as “teorias de estilo de vida” (life style models) e “oportunidades” (opportunity models), o artigo busca apresentar elementos para discussão de iniciativas que minimizem os riscos a que policiais, em especial os militares, estão sujeitos.

“Hierarquia da invisibilidade”: preconceito e homofobia na formação policial militar

Este artigo se debruça sobre a visão de alunos homoafetivos que ingressaram no Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar da Bahia. Assim, diante da evidente “dominação masculina” na realidade das casernas policiais e da consequente naturalização de uma cultura institucional na qual o atributo “ser homem” fortalece valores belicistas, buscamos compreender como se constitui a presença de alunos homoafetivos masculinos em um ambiente de formação policial militar. Para tanto, aplicamos questionários com questões abertas, enviadas por e-mail. A partir das respostas obtidas, constatamos uma situação contraditória: de um lado, temos a cultura da caserna policial militar voltada para o preconceito contra alunos homoafetivos; por outro, tais alunos conformam-se às regras culturais encontradas no quartel de formação, negando publicamente a dimensão sexual e afetiva de suas identidades para serem aceitos. Por fim, descortina-se uma “hierarquia da invisibilidade” que leva esses indivíduos a ocultarem seu autorreconhecimento.